Atrocidade contra a mulher no século XIX

 História de Ana Rosa __


Ana Rosa era casada com Francisco de Carvalho Bastos, conhecido pelo apelido
de Chicuta, um carreiro que trazia a mulher "num cortado", ditado popular na década de 70 do
século XIX.

Temperamental e machista, Chicuta tinha um ciúme doentio pela esposa e começou a
tratar mal Ana Rosa, tanto moralmente como fisicamente, transformando a vida daquela
mulher um um martírio.

Ana Rosa, cansada de sofrer resolveu fugir de casa, saindo à cavalo rumo à Botucatu, SP.
Lá Chegando pediu abrigo e ajuda na casa de uma mulher conhecida por Fortunata Jesuina de
Melo, proprietária de um cabaré.


Chicuta quando chegou em casa não encontrou
Ana Rosa.
Como um louco saiu à procura da esposa e
arrumou a vingança.
Foi atrás da fugitiva e chegando à Botucatu contratou José Antonio da Silva Costa, o Costinha, e Hermenegildo Vieira do Prado, o Minigirdo, pra matarem Ana Rosa.

Costinha se fez passar por um bom homem e ofereceu cobertura para Ana Rosa deixar o
marido.

Mal sabia ela que caminhava para um cilada mortal.
Quando Ana Rosa chegou com Costinha nas proximidades do rio Lavapés, avistou seu
marido e se deu conta da emboscada armada contra ela.

 A moça pediu à todos os santos para que não a matassem e mesmo assim os assassinos sem piedade consumaram o crime, esquartejando-a.



 Ana Rosa morreu no dia 21 de junho de 1885, com vinte anos de idade. Era
nascida no município de Avaré, SP.

Os criminosos foram presos e condenados.
Costinha após cumprir pena saiu e morreu esmagado quando cortava uma árvore.

 Minigirdo morreu na prisão, vítima de varíola.




http://acontecebotucatu.com.br/cultura/ana-rosa-tem-uma-historia-fascinante/









Chicuta, numa tarde de sexta feira, ia voltando da cidade para a fazenda quando o carro parou.
Nervoso, batia nos bois mas o carro não saía do lugar.
 Ao se deitar no chão para verificar as rodas do carro, os bois seguiram e as rodas separaram sua cabeça do corpo.


A história de Ana Rosa é relatada na música "Ana Rosa" de Carreirinho, Gravada em 1957
pela dupla Tião Carreiro e Pardinho.


Extraída da Revista Viola Caipira nº 16

Por:  P.O.L

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